15 dezembro, 2014

Entrevista com Guilherme Pupo Falconni - Autor de: UM SEGUNDO Poesias admirativas de mirações casuais

Nasceu em São Paulo em 1975. Professor de história, é Bacharel e Mestre em história pela Unesp – Universidade Estadual Paulista. Exerce a docência faz quinze anos atuando no ensino fundamental e superior. Tem artigos publicados em periódicos acadêmicos na área de história, cultura e educação. Na poesia participou de concursos e coletâneas recebendo vários prêmios. Com seu primeiro livro publicado em 2013, Livro Último, traz agora nesse livro a continuidade de sua obra. A poesia entrou na sua vida através da literatura, da atenção de amigos, familiares e  dos bons professores com quem conviveu em sua formação escolar e acadêmica. Tem como principais influências em seu trabalho poético: Adélia Prado, Manoel de Barros, Affonso Romanno de Sant’anna, Roberto Piva, Ferreira Gullar e Fernando Pessoa.

Este é o lado de fora
  o avesso
    o fim
     e o
      começo...


É a continuidade da apresentação da poesia de Guilherme Pupo Falconni. Nessa obra a possibilidade dos sentidos e o jogo de palavras são experimentados ao limite em poesias ousadas e rebeldes ao mesmo tempo que lúdicas e brincalhonas. As poesias aqui reunidas correspondem ao momento anterior aquele apresentado em o Livro Último (2003 – 2013). Essa segunda obra traz as poesias do início da juventude de Falconni e seu tempo na faculdade de história na Unesp (1995 – 2003). 
Dai o título, Um Segundo, que brinca com o fato de ser a segunda obra publicada por Falconni, ao mesmo tempo que expressa a efemeridade de um tempo pretérito com observações fugazes desse tempo, sentimentos e momentos que imersos no jogo, no lúdico e na ironia poética, não se sabe ao certo se foram tão intensos e divertidos ou somente curiosos. São essa as mirações causais de momentos tão admirativos que Falconni dispõe como banquete ao olhar do leitor e, agora, convida-o a degustar parte de uma obra que se apresenta em retrospectiva.

Olá Guilherme. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Esse é o meu primeiro livro de poesias, mas é o resultado de uma caminhada de vinte anos na poesia. Nele estão os seis anos de poesias produzidas até a data de sua publicação em 2013. Nelas eu jogo com possibilidade da palavra e do sentido numa poesia meio crônica e meio fotografia, compondo um universo poético que mergulha no sentir e pensar... uma poesia fenomenológica de como se sente o estar no mundo em cada instante.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
O "livro Último: poesias completas" foi a primeira de outros que já estão saindo e sairão correspondendo a duas dimensões; as poesias produzidas nos mais de vinte anos de ensaio e jogo poéticos, e a das novas produções desde o momento que assumi um papel de maturidade poética. Nesse segundo sentido será lançado em 2015 meu terceiro livro. Tenho escrita ainda algumas crônicas e contos e alguns materiais para o público infantil.
Noutro aspecto da minha vida, sou professor e pesquisador de história e cultura e tenho projetos para publicar artigos e trabalhos de cunho mais acadêmico.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
É triste perceber que não temos aqui um país, digo um "Estado nacional", mas somente um estado comercial privado. Nesse contexto se inscreve a situação da leitura, da literatura e da cultura nacional, cerceada em pequenos grupos que tem acesso a visibilidade literária, modismos editoriais. Esse é só um aspecto, mas penso que tudo roda em torno de um país perverso em que a dissimulada ausência de liberdade dá cada vez menos espaço para o acesso e a divulgação de consciências críticas.
Publicar poesia num país em que ousadia intelectual e discordância estão fora de moda é uma tarefa. Lógico, existem outros aspectos a serem refletidos, publicar poesia é um prazer, a dificuldade mesmo é ampliar o acesso aos públicos e mercados.

 Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Cheguei a Scortecci depois de pesquisar e avaliar orçamentos de outras vinte editoras. Vi na Scortecci a possibilidade de um controle extraordinário da qualidade do material, assim como, da possibilidade de dar visibilidade ao meu livro. De fato no primeiro livro ainda pude contar com o lançamento em livrarias Martins Fonte e Da Vila, coisa que não tem mais.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Esse primeiro livro revela um novo poeta com uma poesia igualmente nova, que tem muito a falar do tempo presente e da mente do tempo presente. Ler esse livro é olhar o mundo sob esse foco, e brindar a inauguração dessa poesia.

Obrigado pela sua participação.

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