28 julho, 2016

Entrevista com Marcus Eugênio Oliveira Lima - Co-autor de: IDENTIDADE NACIONAL E REPRESENTAÇÕES DO BRASIL

Marcus Eugênio Oliveira Lima
Graduado em Psicologia pela Universidade Federal da Paraíba (1995), mestre em Psicologia (Psicologia Social) pela Universidade Federal da Paraíba (1997). Doutor em Psicologia Social pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa em 2003 (ISCTE-PT). Atualmente é professor do Departamento e Mestrado de Psicologia da Universidade Federal de Sergipe.

Este livro analisa uma forma identitária peculiar, a identidade nacional, que para muitos autores estaria em desuso ou “fora de moda”, mas que é reconhecida por outros estudiosos como o mais universal valor legítimo da vida política do nosso tempo. Interessa-nos entender como se configuram os fenômenos identitários na realidade brasileira. Os capítulos que compõem este livro buscam uma integração das mais diferentes abordagens teórico-metodológicas e níveis de análise existentes na Psicologia Social e nas ciências sociais de forma geral. Com efeito, os textos da presente coletânea foram escritos por autores da psicologia cognitiva, da análise do discurso, da perspectiva sócio-cognitiva, da psicologia social do desenvolvimento, da abordagem sócio-histórica, dentre outros.
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25 julho, 2016

Entrevista com Paula Di Caterina - Autora de: VOVÔ VOLTA A SER CRIANÇA

Nasceu em 1974 na cidade de São Paulo. Casada, mãe de dois filhos, trabalhou por anos em editoras de livros e o contato com diversas obras a fez se interessar por escrever para o público infantil. Pedagoga com especialização em psicopedagogia, chegou a lecionar em instituições particulares de ensino. Hoje se dedica às suas obras.




Léo é um garoto de 13 anos que relata a convivência intensa e feliz com seu avô paterno de descendência italiana. Divertido, o livro trás expressões do idioma italiano com tradução no rodapé e em cada abertura de capítulo, uma ilustração para colorir. O livro evidencia situações do que é envelhecer e o mal de Alzheimer, doença que seu avô desenvolve e que surpreende toda a família. Vovô volta a ser criança informa, conscientiza e emociona os leitores, mostrando a importância do respeito e cuidados que devemos ter com os idosos.

Olá Paula. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
O livro conta a história do relacionamento de neto e avô. O enredo se passa em família típica italiana e trás muito dessa cultura, inclusive expressões do idioma com tradução no rodapé. Mas o foco mesmo é abordar o tema envelhecer e problemas que podem surgir na terceira idade, entre eles, o Mal de Alzheimer. Mesclando ficção e realidade, algumas situações são fatos que foram vivenciados por mim e minha família. O público alvo é infanto-juvenil, porém há interesse de todos, pois o tema está em evidencia. Prevenção, conscientização das famílias e respeito aos idosos.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Eu sempre estive ligada á área educacional. Amo ensinar,escrever e criar. Fiz magistério.Trabalhei em editoras.Tive contato com muitas obras didáticas e paradidáticas e pensava: um dia publicarei o meu próprio livro. Me graduei em pedagogia e me especializei em psicopedagogia. Resolvi lecionar para turmas de ensino fundamental e depois de 5 anos deixei as salas de aula para realizar um sonho: Publicar um dos meus livros.Tenho obras finalizadas e guardadas em gavetas há muito tempo. A vida me obrigou a priorizar outas coisas. Me casei cedo, fui mãe muito jovem. Precisei me estruturar antes de dar esse passo. Hoje, com 42 anos e os filhos crescidos, resolvi me dar esse presente. Agora vou a luta! Pretendo divulgar minha obra nas escolas e outras instituições, desenvolver um projeto de leitura, oferecendo uma palestra, uma roda de conversa  e atividades lúdicas, contribuindo para despertar o interesse da leitura nas pessoas.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
O autor brasileiro tem que trabalhar muito e ter sorte para se firmar neste mercado. Vivemos em um país onde a educação sempre esteve em segundo plano.  A profissão de escritor não é vista por muitos como um trabalho, mas sim como hobby. Uma pena! Essa cultura precisa ser extinta! Creio que a mudança de hábito esteja nas mãos das instituições de ensino. Elas devem contribuir desenvolvendo projetos,  porém, dando uma chance aos autores nacionais. Sabemos que o gosto pela leitura deve ser despertado ainda na primeira infância. A mídia também fala pouco sobre novos autores e tem muita gente boa por aí. É um meio de comunicação eficaz e poderia dar mais oportunidade a nossa classe. Outra coisa que acontece e prejudica o autor brasileiro, são as  Editoras de nome comprarem obras de fora e traduzi-las, não valorizando o trabalho do seu país. Realmente uma pena!

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Anos atrás, eu estava buscando editoras para publicar meu livro. Nenhuma leu minha obra, pois justificavam que já tinham muitas obras para serem avaliadas. Resolvi fazer uma produção independente e fazendo uma pesquisa na internet encontrei a Scortecci. Depois, coincidentemente, um amigo publicou um livro com vocês e me indicou a editora, fazendo com que eu tomasse a decisão!

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Meu livro merece ser lido por todos, pois nossa cultura não trata o assunto envelhecer com prioridade, esquecendo que todos nós um dia envelheceremos. A leitura do livro Vovô volta a ser criança fará com que o leitor faça uma reflexão e compreenda a importância da qualidade de vida, do amor, carinho e atenção que os idosos precisam dessa fase na vida da humanidade. Passará a ver o idoso com outro olhar. O livro tem o propósito de instruir, divertir e emocionar.
Gostaria desse feedback. Beijos!!

Obrigado pela sua participação.
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21 julho, 2016

Entrevista com José Herculano da Nóbrega - Autor de: FILHO NA TERRA CRIADO NAS ESTRELAS

Começou a escrever as primeiras poesias para distrair a alma 1965.Cinco anos após estava em Manaus. Constituiu família,continuou o seu gosto pela poesia,o encanto íntimo do Ser.Somente em 2008 editou o primeiro Livro:Alma, Deslumbre & Poesia.Segundo livro,Carta de Deus: Ao Homem do Planeta Terra...Desejo do terceiro livro 2012,título Presenciar Haicai Sazonal Brasileiro.No secreto do trabalho Enjaule Poesia 2015.Agora o foco:Filho na Terra Criado nas Estrelas.

O novo protótipo do  chega na esperança infinita de  sucesso completo em vários aspectos sociais. É uma obra criada com o leitor, trazendo o de melhor em expectativas.O grande marketing do livro: são as surpresas de cada instante, dos sigilos para surpreender o leitor,em personagens,honestos e de pureza espetacular para uma sociedade do futuro.Reitor Milton e sua tese na universidade com o apoio dos professores, a equipe coordena um foco de trabalho para Servir ao Povo, com sucesso garantido e muito entusiasmo em todas as áreas de cursos oferecida pelas faculdades da cidade Candenópolis. E chega ao conhecimento dos cinco Continentes.O leitor terá prazer de avaliar durante a leitura o que está acontecendo de errado, no instante caótico da sociedade.

Olá José Herculano. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
De um romance fictício de última geração, em que os personagens têm opiniões próprias dentro de uma belíssima história. Parece-me vindo dos enigmas... O autor escrevendo e o leitor exigindo, novidade e nascendo os personagens a cada instante... Aí fica à critério do grande público, o destino da obra, e, a felicidade de ter escrito.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
O meu grande projeto está escrito nas letras e nas estrelas, com um projeto de uma nova sociedade no futuro. Filho na Terra Criado nas Estrelas não é o primeiro livro, mas é sonho para o ser humano do bem tê-lo em mente para a criação de uma nova sociedade de honestidade e paz.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Como relata um dos personagens do livro, o Brasil pertence ao terceiro mundo, nada animador. Falta educação principalmente mental, para valorizar a leitura.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Através de um ilustre amigo Tenório Telles, membro da Academia Amazonense Letras, que me indicou a Scortecci: aqui estou com muita alegria.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Merece ser lido sim. Por vários aspectos: evolução mental em busca da criatividade permanente e o foco é muita alegria, passada pelo show dos personagens... Venha ler o livro! E sinta a Criação perto a cada instante  de alegria do livro.


Obrigado pela sua participação.
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18 julho, 2016

Entrevista com Carolina Viana de Barros - Autora de: DIREITOS DA MULHER NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA

Tem 23 anos e ama pesquisar temas relacionados a Direitos Humanos. Carolina é estudante de Direito na Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo. Fez intercâmbio com bolsa de estudos do Santander para aprofundar seus conhecimentos em Direito Internacional e Direitos Humanos na Universidade de Coimbra (Portugal) em 2014. Apresentou artigo científico no Congresso Internacional de Bioética e Direitos Humanos da Unesco ( I CONIBDH) em Vitória- ES em 2015.


Este livro tem por finalidade mostrar uma análise geral da atuação contra os direitos da mulher dos meios de comunicação de massa e apresentar, de forma abrangente, maneiras de tentar eliminar atuações dissonantes com a sociedade plural e democrática que o Brasil propõe-se a ser, principalmente ao evidenciar situações que propiciam a violência contra a mulher nos meios de comunicação de massa e sua discriminação. A obra analisa a atuação dos meios de comunicação de massa e seus efeitos quanto ao direito da mulher em pesquisa bibliográfica e documental, tratando dos direitos da mulher no Brasil em leis internas e em tratados internacionais, apresentando exemplos de casos práticos que possam elucidar a atuação da mídia relacionada à mulher no Brasil e, eventualmente, no mundo. Sua pesquisa, visando a promoção da igualdade de gênero dentro do tema dos meios de comunicação de massa e os direitos da mulher, demonstrou que existe a promoção de violência e discriminação nos meios de comunicação de massa, mas é possível apontar e corrigir tais problemas, podendo os meios de comunicação de massa colaborar para uma efetiva igualdade de gênero também. Foi enaltecido o papel educativo dos meios de comunicação e todos os exemplos e informações são citados de fontes públicas, não visando atingir negativamente qualquer empresa, meramente criticando certas abordagens que ocorrem nas mídias que, de outra forma, poderiam favorecer a igualdade de gênero.
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14 julho, 2016

Entrevista com Cícera Sousa - Autora de: O MUNDO BÁRBARO DE BÁRBARA

Nasceu e mora, na cidade de Cruzeiro do Sul, no noroeste do estado Paraná, é irmã, de oito irmos, três mulher, e cinco homens, solteira, mora com a mãe, e dois irmãos, pai é falecido, faz artes plásticas, começou escrever, a partir de um sonho, que teve, sonhou que estava em seu quarto, deitada, era tudo tão rel. que ela via anjos caindo do céu onde ela estava, ficou tão contente de ver tanto anjos, e sorrindo a perguntou eles: _Anjos, quem são vocês?
Um dos anjos disse a ela: _ Nos somos o que você já foi, e você voltará a ser o que nos somos.
Ela não entendeu nada do que ele estava falando, achou que eles iam levar embora, que ia morrer, então perguntou: _ Mais o que vocês vieram fazer aqui?
Disse o anjo: _ Antes de você voltar ser o que nos somos e o que você já foi, Deus nos mandou vir trazer para você uma nova aptidão, e terá uma nova missão.
Eufórica perguntou a ele: _ Mas o que é? _ ele não me disse nada, e acordou assustada, e ficou imaginando, o sonho que teve, e que tipo de dom, Deus ia mandar a ela, e foi passando os dias, e quando se viu, estava escrevendo, o livro, o mundo bárbaro de Barbara foi ai, que ela lembrou, do sonho.

Uma viagem através dos evangelhos com a personagem, na companhia de Jesus.
Trata-se de uma narrativa onde o realismo fantástico funde-se com o surrealismo e conduz o leitor à uma grande viagem no tempo e no espaço. O drama da protagonista, suas angústias, seus conflitos faz o leitor refletir sobre a existência humana e sobre os mistérios divinos.
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11 julho, 2016

Entrevista com Ricardo Mois Baracat - Autor de: O JOGO VIROU

Ricardo Mois Baracat
É casado e possui um casal de filhos. Engenheiro mecânico, pós graduado em Administração de Empresas, com MBA em Gestão de Negócios e possuiu certificação em Marketing pela Universidade da Califórnia. Atua como gestor na área industrial e é obcecado pelo comportamento humano.






O Jogo Virou
Quando somos questionados sobre nossa alma, lembrem-se: nós não temos uma alma. Somos uma alma. Temos, sim, um corpo.

Este livro trata magistralmente a questão da redenção de uma alma humana. A vitória do bem versus mal e a conquista da confiança de uma alma enfraquecida, através da fé, da generosidade e das realizações.
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07 julho, 2016

Entrevista com Haino Burmester - Autor de: A MALDIÇÃO DE LA MALINCHE

Haino Burmester
É descendente de europeus emigrados para o Paraná no final do século XIX. É médico e administrador de empresas, com diversos livros técnicos publicados, sendo este seu segundo romance (o primeiro foi O Gajão Cigano, publicado em 2013 pela Chiado Editora, de Portugal). Viveu no México entre os anos de 1969 e 1971, tendo desenvolvido, durante esse período, uma grande paixão e admiração pela vida e cultura daquele país. Fruto desta vivência é o conteúdo de A Maldição de La Malinche. Da convivência com descendentes dos antigos indígenas mexicanos, veio a percepção da força que as lendas e mitos têm como motores da existência e a compreensão de como ficção e realidade se interpenetram e complementam na história e cultura dos povos. A trajetória do autor o levou a morar, em diferentes fases de sua vida, além do México, nos Estados Unidos, Trinidad e Tobago e Inglaterra (onde fez seu mestrado em Medicina Comunitária, na Universidade de Londres); atualmente vive em São Paulo, com sua mulher Regina.

No “México profundo” se registravam marcas indeléveis de uma cultura marcada pelo misticismo e pelas crenças populares. A maldição de La Malinche era, e é até hoje, umas das lendas que perpetuam essa cultura e que perdura com componentes míticos na história, arte, cultura, literatura e linguagem mexicanas. O livro enfoca o papel dos mitos nas histórias dos países e como eles podem ser manipulados por diferentes interesses e servindo a vários propósitos, nem sempre defensáveis. Porque La Malinche se tornou amante de Hernán Cortez (o conquistador do México, no século XVI), sua confidente e intérprete, acabou vilificada como traidora da pátria, sendo seu nome ainda hoje, considerado por muitos como sinônimo de colaboracionista e entreguista. 
O legado real dela, contudo, permanece como o da única mulher que participou da aventura da conquista do México pelos espanhóis e assumiu seu papel de protagonista nos eventos daquela época; mulher valorosa e destemida que não se intimidou diante das agruras daqueles tempos. O livro explora a possibilidade de que ela tenha feito muito mais na sua vida do que a literatura até hoje registrou. A ficção do livro a considera, talvez, como uma defensora dos direitos humanos por ter evitado grande número de sacrifícios e atrocidades contra indígenas na época da conquista.
Também pode ser considerada como uma precursora de movimentos feministas por ter sabido usar seus predicados, sua inteligência e capacidade de articulação para circular livremente, com desenvoltura, entre diferentes culturas e idiomas da época como a espanhola, maia, chichimeca e asteca e tirar proveitos disso para a coletividade indígena. Ela teve, ainda, um papel importante na imagem e na definição da identidade da nação mexicana; por ter tido um filho com o conquistador, o primeiro mestiço de uma índia com espanhol, ela é considerada, por alguns, como a mãe da nação mexicana.
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04 julho, 2016

Entrevista com Carlos Méro - Autor de: DIAS ASSOMBRADOS EM ROMA E OUTRAS PROSAS

Nasceu em Penedo, Alagoas, Brasil, em 1949. Graduado em Direito, ocupou as funções de Promotor de Justiça, Consultor Jurídico, Procurador de Estado e Desembargador Federal Eleitoral (à época Juiz do Tribunal Eleitoral do Estado de Alagoas). Hoje exerce a Advocacia e é Presidente da Fundação Pierre Chalita – FUNCHALITA – e da Academia Alagoana de Letras. Publicou: Um gosto de mulher (poesias). Maceió: Sergasa, 1994; Vida paixão e morte do irmão das almas (novela). São Paulo: Scortecci, 1999; Herdeiro das trevas (novela). São Paulo: Scortecci, 1999; O beco das sete facadas (contos). São Paulo: Marco Zero, 2005; O chocalho da cascavel (contos). São Paulo: Nelpa, 2011. Publicou, ainda, em coautoria com Teresa Cristina Duarte Simões, Travessias (contos). Maceió: Viva, 2013. Acrescente-se, ainda, entre as suas obras, o ensaio Graciliano Ramos: Un Monde de Peines. Lille (FR): TheBookEdition, Collection Arabesque, 2015. Hoje vive em Maceió, Alagoas.

Um relato cru e sem rodeios das desventuras de um brasileiro que, em Roma e já no derradeiro dia de uma viagem de recreio, viu-se surpreendido por um acidente vascular cerebral. O hospital, as dificuldades de comunicação, a identidade dissolvida no meio da multidão de pacientes, os incômodos e as intolerâncias (apesar do aconchego solidário de estranhos), o quase que proibido contato com a família, a sonegação de informações sobre o estado do paciente. 
As incertezas e inseguranças do enfermo, o que o empurra a uma decisão drástica: retornar de qualquer jeito ao Brasil, apesar dos riscos e mesmo que contrariando as ordens dos médicos romanos. A história real de uma experiência de nem se desejar aos piores inimigos.
O autor, já no derradeiro dia de uma viagem de férias à Itália, é surpreendido com um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Hospitalizado no Policínico Umberto I, durante onze dias aguarda uma intervenção cirúrgica destinada à remoção de um vasto edema localizado na parte frontal do cérebro, bem como de uma Malformação Arterio-venosa (MAV). 
Durante este período, particularmente enfrentou a amarga realidade de se ver hospitalizado em outro país, quando a dificuldade de comunicação, em virtude do não suficiente conhecimento da língua local, finda por lhe determinar um doloroso isolamento. 
O que é agravado pela estranheza, por vezes chocante, em face do tratamento oferecido ao paciente, no que se refere à negação de informações, inclusive aos seus familiares, quanto ao seu verdadeiro estado de saúde, além de não raro ter de suportar o mau humor e mesmo a rudeza dos tratadores.
Finalmente, empurrado pelas indefinições quanto ao tratamento a ser submetido, termina o narrador, após ter a ele sido administrado o outrora denominado sacramento da Extrema-Unção, por deixar o hospital, quase que fugido, pois que a contragosto dos médicos, dos enfermeiros e da gente da administração. 
Retorna, então, ao Brasil, e pontualmente a São Paulo, onde é submetido a uma craniotomia e consequentemente à imprescindível intervenção no cérebro comprometido. A partir daí, os sacrifícios impostos pela esperançosa busca do restabelecimento, o que não apenas exige a disposição e a coragem do enfermo, mas também a solidariedade e o apoio dos que o cercam.
Outras prosas
O volume ainda compreende um ensaio sobre o poeta Jorge de Lima e um outro sobre o prosador Graciliano Ramos, além de um de-poimento sobre a poetisa alagoana Solange Lages Chalita. Os dois primeiros correspondem a palestras proferidas pelo autor: Uma Negra Fulô e dois olhares poéticos, na Universidade de Toulouse II – Le Mirail, em fevereiro de 2013; Graciliano Ramos: um mundo coberto de penas, na Universidade Paul Valéry, em Montpellier, em fevereiro de 2014. O depoimento sobre Solange Chalita é inédito.
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