08 janeiro, 2017

Entrevista com Nilce Silva - Autora de: GABRIELA E A TELA AMARELA

É formada em Letras Português/Inglês pela PUC/Pr e pós-graduada em Metodologia de Ensino da Língua Inglesa e Tradução pela mesma universidade.
Obras: Gabriela e a Tela Amarela, Literatura Infantil (Editora Scortecci);
Simplesmente Maria - Romance (em processo de publicação - Editora Multifoco)




Gabriela e a Tela Amarela
Nos dias atuais, muitos são os fatores que colaboram para que uma criança se interesse pela tecnologia: a facilidade para entrar em contato com coisas novas e divertidas – basta deslizar o dedinho por uma tela -, o apelo encantador da mídia, a tranquilidade dos pais que tem os pequenos quietinhos bem ali ao seu lado, a impossibilidade de brincar em um quintal – boa parte delas moram em apartamento – ou na rua por causa da violência. Gabriela não é diferente, mas coisas boas acontecem quando ela descobre uma luz no fim do túnel, quer dizer, além da tela.
Gabriela nasceu internauta. Na festa de um aninho, enquanto a maioria dos bebês dorme na hora dos parabéns, Gabriela deslizava o dedinho pela tela feito gente grande. E foi um custo acordá-la, quer dizer, convencê-la a largar o tablet para soprar as velinhas.

Olá Nilce. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
É uma história para o público infantil sobre a relação da criança moderna com a tecnologia e a natureza. A ideia surgiu da convivência e observação das crianças da família, amigos e sociedade.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Já plantei muitas árvores, tive muitos filhos (4) e escrevi (e publiquei) um livro. Sonho realizado o de ter filhos, plantar árvores e escrever livros é um projeto de vida. Gabriela e a Tela Amarela é o primeiro de uma série que pretendo lançar acompanhando o crescimento e desenvolvimento da personagem. Já estou trabalhando no segundo livro. Tenho também outros trabalhos já prontos nos gêneros romance, contos e poesias. O romance 'Simplesmente Maria' está sendo publicado pela editora Multifoco.Estou também escrevendo um outro romance, um projeto mais ousado, baseado na vida e obra do escritor americano Ernest Hemingway.
Sou leitora contumaz desde que aprendi a ler aos cinco anos de idade. Dessa relação com a leitura nasceu a paixão pela escrita que se fortaleceu nos tempos do ginásio pelo incentivo do professor de português Nereu Milanese, que elogiava muito as minhas redações e as lia em voz alta na sala. "Vocês tem aqui na classe, uma futura escritora", dizia ele. Eu acreditei e passei a escrever sobre tudo que me tocava a alma. Mas acabei me enveredando por outro caminho profissional e engavetei meus projetos. Quando me aposentei resolvi voltar a escrever, mas a qualidade da minha escrita não me agradava, razão pela qual voltei aos bancos da faculdade e me graduei em Letras Português/Inglês pela PUC/PR. Não satisfeita, fiz também Pós-graduação em Metodologia do Ensino da Língua Inglesa e Tradução pela mesma universidade. Só assim me senti segura para tirar os projetos do papel e levar adiante a carreira de escritora.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
É uma vida árdua. Especialmente para os que estão começando. É preciso muito estudo, muito trabalho, muita persistência e, sobretudo, estar seguro de sua escolha e amar muito o seu ofício porque o que não falta são motivos para desistir. A falta de hábito de leitura de nossa gente é apenas um deles e creio que o escritor tem papel fundamental na mudança de rumo dessa nossa realidade. Acredito piamente na leitura como fator de aprendizado e transformação do ser humano e trabalho como posso para incentivar essa prática no meio em que vivo.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Através de pesquisa na internet e redes sociais sobre editoras que dão espaço a novos escritores.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Todo livro merece ser lido. Um livro é sempre uma promessa. E promessas alimentam a nossa fé no ser humano. Gabriela e a Tela Amarela é uma promessa cumprida porque é uma história comum a muitos lares. É uma leitura lúdica e agradável, escrita com muito amor, com atenção voltada para as crianças, mas muitos adultos também se identificarão com ela. Meu livro é minha contribuição para o incentivo precoce da leitura. Uma pequenina semente, cuja esperança é que leve alegria e, acima tudo, faça alguma diferença na vida dos pequenos. E dos grandes também.

Obrigado pela sua participação.

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