05 fevereiro, 2016

Entrevista com Diana Guenzburger - Autora de: O FANTASMA DE PAQUETÁ

É Mestre em Química e Doutora em Física. Após uma carreira em pesquisa e ensino no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), aposentou-se e atualmente dedica-se a escrever ficção. Publicou o romance do gênero policial/suspense "Morte no Condomínio" em 2013 pela editora Sinergia(atualmente com outra edição pela Chiado), premiado com Menção Honrosa no concurso de literatura da União Brasileira de Escritores (UBE/RJ) em 2014. Participou com dois contos na antologia "Fernando Pessoa e convidados" da editora Mágico de Oz (Portugal) em 2014, e com a crônica "Paquetá" na antologia "Verso testemunho prosa", da editora Oficina do Livro em 2014.

É uma coleção de contos englobando um vasto leque de temas e ambientes. Assim, foram separados em três grupos, denominados "Paixão", "O ser social" e "Mistério". No primeiro grupo, as narrativas giram em torno de emoções humanas como o amor, ciúme, solidão. As histórias do segundo grupo espelham preocupação com problemas atuais da sociedade: racismo, especulação imobiliária, diferença de classes e conflito de gerações. Mas é nos contos reunidos no terceiro grupo que a autora deixa mais livre a imaginação, para narrar histórias muitas vezes no limite entre o real e o fantástico, incluindo ali os mistérios da maldade humana.

Olá Diana. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Os contos do livro "O fantasma de Paquetá" cobrem um vasto leque de temas que me interessam, e, portanto se destinam a um público bastante amplo. No primeiro grupo de histórias chamado "Paixão", estão narrativas românticas ligadas a emoções como o amor, ciúme, sentimentos. No segundo grupo denominado "O ser social" escrevi sobre  problemas sociais que me interessam, como conflito de gerações, diferenças sociais, especulação imobiliária, sempre dentro de um universo ficcional. Finalmente, as histórias  do conjunto "Mistério" beiram o fantástico e  algumas delas relatam um crime sendo desvendado.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Sou uma cientista aposentada e sempre sonhei com escrever ficção. Grande consumidora de livros policiais e de mistério, comecei escrevendo um romance deste gênero, "Morte no condomínio", que mereceu Menção Honrosa no concurso da União Brasileira de Escritores em 2014. Este livro relata crimes cometidos num prédio residencial no Rio de Janeiro e sua investigação, mas ao mesmo tempo é também uma crônica bastante crítica sobre os moradores de classe média, todos possíveis suspeitos.
 "O fantasma de Paquetá" é meu segundo livro, desta vez experimentando com contos e histórias curtas, a maioria sobre temas fantásticos. Pretendo continuar escrevendo, tendo já iniciado outro romance do gênero suspense.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Realmente, quando chegou a hora de publicar, distribuir e divulgar meu primeiro livro, foi uma grande decepção. É um obstáculo depois do outro. Minha principal queixa é com as livrarias, que se recusam a expor e vender livros de escritores que não são famosos, dando preferência, inclusive, a autores "best sellers" americanos traduzidos.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Fiquei sabendo da Scortecci Editora por uma amiga escritora, que já havia publicado um livro por essa editora. Estou muito satisfeita com esta empresa, tanto com a produção do livro (excelente e com preço razoável) como com o trabalho que fazem de divulgação, incluindo a apresentação dos livros na Bienal do Livro em São Paulo.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Com certeza meu livro merece ser lido. Considero que tenho muita imaginação (opinião compartilhada por várias outras pessoas) e portanto minhas histórias suscitam interesse. Meu objetivo ao escrever é produzir narrativas que constituam entretenimento e diversão, sem lançar mão da qualidade literária. Para melhorar minha escrita, tenho tentado evoluir frequentando e trabalhando em Oficinas Literárias, tendo como mestres escritores e críticos literários de renome.

Obrigado pela sua participação.

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