25 março, 2016

Entrevista com Affonso Renato Meira - Autor de: SESSENTA ANOS PASSADOS

Affonso Renato Meira
Médico, pós graduação em sociologia e antropologia, doutor pela Universidade de São Paulo. Professor emérito da faculdade de medicina da Universidadede São Paulo. Ex presidente da Academia de Medicina de São Paulo. Visitng professor nottinghan university, milbank faculty fellow e fellow da medical schoolUuniversity of Kentucky.


Sessenta anos passados
Passagens da vida de um médico sem especialização, vividas pelos sessenta anos de vida profissional, com "casos" e realidades ocorridas em diversas partes do mundo. Relatos únicos de quem conviveu em consultório, hospital, laboratório, centro de saúde e salas de aulas. Uma vida não mais vivida pelos médicos na atualidade.






Olá Affonso Renato. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
É uma resposta que de pronto aparece no livro, antes mesmo do prefácio, o livro trata de uma pergunta dirigida aos médicos “qual é sua especialidade?”.
O livro traz a baila inúmeras passagens dos sessenta anos vividos no exercício profissional, por um médico não especialista, ao contrário dos médicos de hoje em dia, que procuram se especializar cada vez em áreas mais específicas.
Nos primeiros dez anos de formado, de 1955 até 1965, tive consultório onde atendia sem qualquer discriminação doentes de sexo e idade varáveis. Ao lado disso nos períodos da manhã atuava como anestesista no Hospital Matarazzo e no fim da tarde era associado a um laboratório de análises clínicas. À noite, duas vezes por semana, era assistente voluntário da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo onde colaborava nas disciplinas de Higiene e Odontologia Legal. Tendo realizado concurso para Doutor fui convidado para constituir o grupo de professores que organizaram e implantaram a Faculdade de Medicina na Universidade de Brasília. Fechei o consultório, mudei para Brasília e dessa fase passei a me dedicar ao ensino e à pesquisa.
A ideia do livro surgiu com o desejo de mostrar que é possível se dedicar a muitas áreas da medicina. Na verdade exercia medicina como clínico, anestesista, laboratorista, sanitarista e legista.
Não sei quem gostaria de conhecer uma vida assim transcrita sem pretensão alguma, mas fui estimulado por familiares para descrevê-la.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Na realidade não tenho projetos no mundo das letras. No transcurso dos tempos escrevi diversos livros quase todos dedicados a assuntos sociais, éticos e legais da medicina. Vaguei pelos versos e os transcrevi em duas antologias e em um livro, que pelo titulo “Não sou Poeta: sou fazedor de rimas” esclareço o que sou e o que não sou. Os livros, escrevi em um total de vinte e cinco contando autoria, organização, colaboração, prefácio e orelha; arvores plantei muitas em haras que possuía no interior; e filhos tive um casal. Sonho realizado.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Conversando com um colega de profissão que também gosta de escrever e é um contista premiado, ele dizia que escrever livros é uma satisfação despretensiosa e dispendiosa. Com o que concordo.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Pelo convite que tive de um companheiro que me solicitou que escrevesse a orelha de um livro. Livro publicado pela Scortecci.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Se não merece ser lido, não mereceria ser escrito. Merece ser lido pelas experiências de vida que ele relata. Não tenho mensagem alguma em especial para leitores, pois não tenho a pretensão de ser um escritor, mas sim alguém que quer partilhar saberes, conhecimentos e andanças por diversos lugares.


Obrigado pela sua participação.

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