17 julho, 2017

Entrevista com Geraldo Dias da Cruz - Autor de: FONTES DO VENTO

Nasceu em Belo Horizonte (MG) em 3 de maio de 1929; é o mais velho de três filhos de uma família pobre do interior de Minas Gerais. Começou a aprender a ler e escrever apenas aos sete anos de idade. Estudou em escolas públicas de Belo Horizonte. Gosta muito de ler, principalmente poesia. Ela é o seu ato de fé e a prova de seu amor pela vida. Procura, pesquisa, busca na palavra a mais perfeita forma de louvação do que é belo, do que o seu entendimento possa perceber. Apesar de seus 86 anos de vida, continua como um operário da palavra: “Saio sempre ao mundo, amando a poesia. Nela vivo toda a minha inocência. Tenho uma expressa atração pelas coisas simples da vida. Amo a palavra e a defino: Caravela de pluma/onde o vento/sua amarra urde/ como ninfas / nos pomos”. Publicou os seguintes livros: Poemas (Cuiabá: Igrejinha, 1955), Monchão-Coroado (Belo Horizonte: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1973), Armas do Tempo (Cuiabá: Edições Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, 1975), Crepúsculo para a Paz (São Paulo: Editora do Escritor, 1977), Proclama aos Incautos (São Paulo: Editora do Escritor, 1979; Menção Especial no Concurso Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos, Goiânia/GO), Olhos, Peixes Navegantes (São Paulo: Editora do Escritor, 1983), Rio dos Signos (Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1986; Prêmio Literário Nacional do Instituto Nacional do Livro – INL), Três Mundos: o Poeta (Goiânia: Cerne, 1987; Prêmio Bolsa de Publicações José Décio Filho), Argonauta (Prêmio Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos, 1987, pela Prefeitura de Goiânia; Prêmio Eugênio Coimbra Júnior, pelo Conselho Municipal de Recife/PE, e primeiro lugar em Goiânia/GO, 1988), Lento Exílio (Goiânia: Bolsa de Publicações Cora Coralina, 1988; prêmio regional, categoria poesia, da Fundação Cultural de Mato Grosso, 1988; e prêmio nacional; publicado no centenário de nascimento de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, que passou para a história de Goiás e do Brasil como Cora Coralina, mulher de coragem, sempre estimulando seu coração de fogo, de paixão, de amor e de poesia) e Algamar (publicação aprovada pelo Conselho Editorial do Instituto Goiano do Livro – IGL, 1999).

Diversos temas. O meu estilo deseja ser preciso e conciso. O que caracteriza o meu livro é a emoção. A linguagem simples é o símbolo de meu trabalho.
Sou um sonhador de palavras. É no fundo de cada palavra que realmente assisto ao meu nascimento. Nascimento do devaneio, do sonho, do amor e das lembranças. Procuro falar a linguagem do universal, da simplicidade. Recebo e acolho com alegria a vida. Amo a natureza e o canto dos pássaros. Tudo para mim tem uma doçura. O poema está também penetrado por essa doçura. Horas a fio, gosto de ouvir e contemplar as palavras. Tenho a felicidade de possuir um bom dicionário, deixo-me seduzir pelas palavras. Numa palavra eu sinto a alegria de falar e escrever poesias.

Olá Geraldo. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
São poemas com diversos temas. Eles se estruturam sobre uma linguagem simples. Luto para ser um desbravador de caminhos.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Sempre gostei de poesia. Nela eu me encontro, e os meus pensamentos nascem e passam pelas palavras.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
É triste, e a poesia quase não tem leitor. Ela é pouca valorizada.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
É o segundo livro que público na editora. O primeiro foi Os cavalos e outros poemas.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Gostaria que ele fosse lido. Procuro acima de tudo captar e sugerir, em linguagem direta e simples, a beleza das recordações, dos encontros, dos sonhos e do coloquial.

Obrigado pela sua participação.

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