17 março, 2019

Entrevista com Nane P. Feliciano - Autora de: ENQUANTO EU ESCREVIA...

É publicitária, pós-graduada em paixão por cotidiano e mestranda em criação de menino levado. Nascida no final dos anos 70, é casada e mãe de dois meninos, os “Ursos” que protagonizam algumas das crônicas deste livro. Colunista do site O Segredo e autora do blog Nane Prosa, essa paulistana de quase 40 se delicia e emociona as pessoas mostrando, em suas crônicas, o lado divertido das coisas do cotidiano.

É desses livros que a gente aperta junto ao peito quando termina de ler cada crônica. Misturando doses de humor, emoção, fantasia e realidade, a autora nos convida a refletir sobre nossa própria vida enquanto compartilha a sua. Relacionamentos, vida e morte, situações divertidíssimas do cotidiano, são alguns dos ingredientes que fazem dessa obra uma daquelas que a gente fica mais leve quando termina de ler.




Olá Nane. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Enquanto Escrevia... Porque talvez você tenha vivido coisas assim, é um livro de crônicas sobre o cotidiano, sobre aquelas memórias, fatos e acontecimentos que fazem a gente rir, se emocionar e recordar.
Recheado de humor, fantasia e muita emoção, esse livro foi escrito para dar vazão aquelas emoções que moram escondidinhas dentro da gente, e que, de tão grandes, precisam ganhar vida. 
Dedico esse livro as crianças de 6 a 99 anos que precisam de um tempinho de aconchego, riso e de um lugarzinho bom para chamar se seu.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Humm... pergunta difícil, risos...
Sou publicitária e redatora entre outras coisas, mas, ainda que minha profissão tenha me levado ao mundo da escrita, me lembro de escrever desde menina.
Sempre gostei de escrever cartas (ainda gosto. Sou analógica, kkkk), bilhetes, cartões e, depois da maternidade, a escrita se confirmou minha autoterapia, sabe? 
Nesse mundo tão corrido, escrever se tornou meu oásis, meu paraíso onde as coisas todas ganham sentido e ficam claras. 
A princípio, minha ideia era publicar ESSE livro. Porque, apesar do livro falar de mim, das minhas memórias, vi que as pessoas se identificaram muito com essas lembranças. Todo mundo tem histórias divertidas sobre a infância, perrengues de adolescência, dores escondidas... E, saber que minhas palavras de algum modo poderiam refletir a história de outros e, mais que isso, trazer algum conforto, ahhh isso foi uma deliciosa descoberta!
Se vem mais livros por aí? 
Não sei. 
Só sei que uma paz enorme tomava conta de mim, Enquanto eu Escrevia... e creio que talvez não possa mais viver sem essa paz!
.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
A pergunta que mais tenho respondido nos últimos meses, é justamente sobre a coragem de escrever um livro, num país onde as principais livrarias estão fechando as portas. 
Essa pergunta vem sempre carregada de um tom de preocupação em saber se ainda se ganha dinheiro escrevendo livros. 
Essa pergunta, me traz dois alertas importantes. E tristes:
Primeiro, ainda se tem a crença de que, ao publicar uma obra, o autor se torna rico e, dessa forma, se não for para vender muito, Por que alguém escreveria um livro? Triste pensamento...
Como se o efeito publicação fosse uma garantia de best-seller ou quem sabe, um futuro filme. 
Juro que adoraria! risos...
Se, ao publicar uma obra, um escritor estiver visando apenas o retorno financeiro, melhor procurar outros caminhos...
O segundo alerta, me faz pensar que estamos conformados com o fato de que não somos um país de leitores e ponto final.
Ora, o primeiro passo para tornar algo verdade, é acreditar firmemente no que foi dito.
Se aceitamos que não lemos, que nossas livrarias estão fechando as portas, que nossas crianças são da era digital e que por esse motivo, oferecer um livro a elas é menos estimulante que oferecer um eletrônico, aí sim estaremos decretando a falência da cultura no nosso país. 
Sobre tonar-se um escritor no Brasil, penso que, quem tem paixão pela escrita, simplesmente não consegue viver sem ela. Isso vai além do que oferece o mercado editorial, da inclinação dos brasileiros pela leitura e etc.
Particularmente sofro muito em saber que, num pais de cerca de 215 milhões de habitantes temos apenas cerca de 52 mil estabelecimentos que oferecem livros (livrarias, papelarias, sebos e outros) e, sofro mais ainda em saber que a imensa maioria delas, está concentrada aqui nas regiões sul/sudeste. Como atingir e disseminar o gosto pela leitura num país tão gigante e sem incentivo?
Acredito no trabalho de formiguinha. 
Uma mãe, um pai, um tio... que lê para uma criança. 
Que haja alguém que possa ler o que tiver, o que der, de onde estiver e que fantasie durante a leitura. 
Acredito muito nisso. 
Acredito piamente no poder disso!


Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Eu estava com o livro quase pronto e ainda naquela fase de tentar enviar a obra para algumas editoras na esperança de que alguém pudesse ler, retornar e quem sabe, publicar.
Quando percebi que publicar esse livro era quase como ter um outro filho, vi que não podia esperar. Vi que não podia deixar meu sonho parado sobre a mesa de alguém esperando para que fosse lido.
Foi nesse momento que comecei a pensar em publicá-lo de forma independente.
Pesquisei muitas editoras especializadas nesse modelo, até que uma amiga querida me indicou a Scortecci. 
Na ocasião, ela me disse que uma conhecida havia publicado a obra com a Scortecci e que tudo tinha dado super certo. 
E comigo não foi diferente. Os prazos foram cumpridos, o atendimentos super cordial, claro e esclarecedor.
Enfim, encontrei o lugar certo para acolher filhinho de capa colorida.


O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Enquanto eu Escrevia merece ser lido e abraçado, risos...
Olha... eu coloquei tanto amor, humor e sentimento naquelas páginas, que as vezes penso que o livro ganhou vida!
Como já disse na contracapa, e nunca vou cansar de dizer, esse livro é um daqueles lugares de paz e aconchego, para onde a gente vai quando quer colocar as ideias em ordem, os pés para cima e sentir o vento no rosto.
Nesse mundo frenético, poder se deixar levar por algumas horinhas sentindo-se abraçado, é um presente que todos podem e merecem se dar.


Obrigado pela sua participação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário