16 março, 2020

Entrevista com Maria Teixeira - Autora de: ... COISAS QUE APRENDI NA INFÂNCIA...


Maria Teixeira
Nome literário de Maria Teixeira da Silva Santos
É graduada em letras, Pedagogia, especializada em Psicopedagogia, mestre em Psicologia da Educação, e graduando em Psicologia Clínica. Participou de grupos de Estudos em Psicanálise e linguagem no lugar de vida/Clínica da USP.
É autora dos livros: Limites, como lidar com os pequenos? e Habilidades de Relacionamento Interpessoal. Escreve artigos para o Recanto das Letras.

Este livro não é uma história inventada, são relatos de uma menina, que logo cedo aprendeu: - “seja do bem, reparta as coisas, jogue limpo, não bata nos outros, ponha as coisas de volta onde as encontrou, limpe a bagunça que você fez, não pegue coisas que não são suas, peça desculpas, diga que você sente muito quando machucou alguém...” Coisas que a fizeram ver o mundo com os olhos do coração. A maior parte do que uma criança precisava saber sobre viver e o que fazer e como ser, a nossa personagem aprendeu ainda menina. São exemplos e histórias de uma infância feliz, apesar da vida simples e cheia de dificuldades.
Trata de como uma vida simples pode ser equilibrada com algumas pitadas de sabedoria, ânimo e motivação. São experiências que ela foi acumulando e quis dividir aqui com vocês.
Você vai encontrar aqui histórias que levou essa menina aprender as coisas da vida um pouco a cada dia; logo cedo aprendeu a pensar, refletir e observar tudo ao seu redor com a sutileza, curiosidade de criança que vê o novo, o estranho, o desconhecido com desejo de conhecer.
É por aí o desenrolar dessa história que não foi inventada, mas que pode ser fictícia se você assim quiser...

Olá Maria. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
O livro são relatos que retrata “coisas” que uma menina aprendeu na infância. Apesar das poucas páginas, o valor de cada parágrafo vão além do que indica o título. É um convite ao leitor para resgatar as suas lembranças e embarcar com a nossa personagem nos tesouros que temos guardados da nossa infância.
A ideia inicial era falar da infância, a fase mais importante de nossas vidas, mas, foi brotando dos dedos da autora toda uma experiência vivida e as marcas deixadas na personagem que ela quis registrá-las sem perder nenhum detalhe. Foi a partir do entendimento da importância das marcas deixadas por essas vivências inconscientes que foi possível a construção desta história.
Este livro é uma leitura geral que trata da infância com suas nuances e pureza. Destina-se a todos aqueles que tem a capacidade de se encantar com o simples, com o belo. É para você que acredita que nunca deixamos de ser a criança que fomos um dia que indico essa leitura.
A ideia inicial era construir uma história contada por uma menina recheada de aventuras e experiências, e não uma auto-biografia conforme o livro foi classificado, mas, às vezes ao nossos escritos tomam outro rumo.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Sou professora de formação, - graduada em letras, pedagogia, especializada em psicopedagogia e, mestrando em psicologia da educação. Escolhi a área da linguagem há mais de 30 anos, e nela permaneci até os dias de hoje. Por estar sempre buscando aprimoramento, eu me ingressei em um grupo de estudos psicanalíticos por 4 anos, e atualmente, estou cursando algumas disciplinas na graduação de Psicologia Clínica.
Esta é a minha terceira publicação. Sempre tenho alguns textos alinhavados, pois acredito que escrever é ir se esvaziando dos aprendizados adquiridos para dar lugar aos novos conhecimentos e descobertas.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Hoje em dia há poucos leitores e, vejo isso como um prejuízo para a cultura. O escritor escreve para o outro ler, mas, atualmente, isso já não é uma garantia. Talvez, as novas tecnologias tenham levado às pessoas a buscarem cada vez menos as leituras impressas que são tão importantes para o aprimoramento da escrita e enriquecimento do vocabulário.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Por ser da área da educação, ser leitora e pesquisadora, já conhecia a editora.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Este livro tem a intenção de levar o leitor a fazer uma reflexão de suas próprias experiências enquanto acompanha os relatos das marcas subjetivas de nossa personagem. É a partir das marcas deixadas por suas vivências inconscientes que há a intenção de tocar a subjetividade do leitor. Fazer um resgate da infância e escrever para o outro ler é corajoso, é poder falar do passado estando de bem com ele. Nessa perspectiva, é tratar da resiliência de cada um, do quão importante é lidar bem com o passado, pois cada sujeito responde às suas questões de um determinado lugar e de uma posição subjetiva adquirida na infância. É poder responder com convicção: Você tem orgulho da criança que você foi?

Obrigado pela sua participação.

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