02 junho, 2020

Entrevista com Enivaldo Ramos - Autor de: POEMAS DE BORDO

Nasceu em Mogi das Cruzes (SP) em 1979. É bancário e pastor anglicano. Formado em teologia pela Escola Superior de Teologia de São Leopoldo (RS), é pós-graduado em filosofia e possui MBA em Gestão de Pessoas e Liderança Empresarial. Publicou seus poemas, anteriormente nas antologias Diversos, Mosaico e Vide Verso, da Andross Editora, e em alguns sites na internet.
Interessou-se por poesias ainda jovem, no início da faculdade, ao descobrir na escrita literária uma forma de expressão de arte. Sofreu influência da Teologia e da Filosofia na sua poética, bem como, mais recentemente, da Física e da Astronomia.
Passou dez anos longe das publicações até completar 40 anos de idade. Para ele, este livro marca uma trajetória de 20 anos. É um livro de poemas, mas também é autobiográfico. Nas palavras do autor: “Poemas de bordo contém o melhor e o pior de mim”.

Desde o homem primitivo temos a necessidade de registrar acontecimentos, histórias, o cotidiano. As inscrições em cavernas são provas dessa necessidade de comunicação de homens e mulheres, que com seus pictogramas ou ideogramas deixaram suas marcas na história.
O diário de bordo, igualmente partindo dessa necessidade de registrar fatos, tinha originalmente o objetivo de relatar os fatos mais importantes do trajeto de uma determinada navegação.
Esse tipo de diário também é utilizado por viajantes que registram a memória de passeios a locais visitados, experiências enriquecedoras, enfim, momentos especiais vivenciados em viagens. Muitas pessoas registram suas experiências em diários, que também podem ser considerados de bordo, pois escrevem os fatos memoráveis durante sua trajetória de vida, durante a jornada na viagem que é viver.
Poemas de bordo representa tudo isto: o registro em forma de poesia sobre essa jornada da vida. O percurso, a estrada, a caminhada.
Essa obra, além de ser um livro de poesia, representa uma autobiografia, pois o autor revela, por meio dos poemas, suas ideias sobre a vida, a morte e o amor, que são expressas de forma lírica e nos levam a mergulhar, por meio das palavras, em temáticas que fazem refletir sobre nossa própria existência.

Olá Erivaldo. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
O livro que publiquei pela Scortecci é de poemas. São poesias que foram escritas ao longo de 20 anos. As temáticas são as mais variadas possíveis, desde poemas de amor, da natureza, sobre o tempo e o porvir; mais recentemente o não lugar também se tornou objeto de minha poesia, que é o sentimento de não pertencer a lugar nenhum. Podemos dizer que o livro é uma autobiografia poética.
Tive a ideia de organizar esse livro e escrever novos poemas em junho do ano passado. Ele é uma mistura de textos antigos e atuais. O mais difícil talvez foi a escolhas dos poemas, para o autor, todos são importantes, mas tive que abrir mão de vários, quem sabe em um segundo livro Poemas de Bordo II.
Minha obra é destinada ao um público variado, pessoas de várias idades e formações diferente tem adquirido meu livro. Ele é de fácil leitura, portanto, é destinado a todos que se dispõe a ler.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Já havia publicado poemas em antologias e artigos acadêmicos, mas esse é meu primeiro livro solo. Pretendo publicar outros livros. Sempre gostei de escrever. As vezes a correria da vida nos tira um pouco do mundo das letras; não podemos perder essa sintonia. Desejo realmente continuar publicando, isso é uma satisfação pessoal que vem se tornando um projeto de vida.
Estou preparando um romance para 2021 e espero termina-lo a tempo ainda de publicar no próximo ano.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
A vida de escritor no Brasil não é fácil, devido sim a poucos leitores, ao alto custo de uma publicação, mas também a educação que temos, como gerar leitores com a precária educação brasileira? Admiro os professores que seguem ensinando mesmo com o baixo salário, que é reflexo de uma desvalorização da categoria. Tenho vários amigos professores e vejo neles um exemplo de vida, que apesar do sucateamento da educação, seguem firmes no propósito de ensinar.
A vida de escritor no Brasil não é fácil devido aos poucos leitores, que é reflexo de uma educação precária.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Algumas amigas e colegas de trabalho da minha esposa publicam seus livros pela Scortecci, por esse motivo resolvi entrar em contato com essa editora.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Meu livro merece ser lido porque é uma obra com temáticas das mais variadas possíveis. São poesias leves e que podem ser lidas em sequência ou escolhidas no sumário do livro. Tenho recebido um feedback positivo das pessoas que adquiriam e me retornaram.
A você leitor que se dispõe a ler as páginas do livro Poemas de Bordo, irá entrar no mundo dos símbolos, daquilo que é lírico e onírico. A poesia é capaz de nos levar ao mundo dos sonhos, e ao mesmo tempo ser capaz de questionar o mundo em que vivemos, nela, na poesia, tudo é possível.

Obrigado pela sua participação.


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